Fábricas de motos ajustam mão de obra

Mercado retraído faz indústrias estenderem férias coletivas e promover suspensão temporária de contratos de trabalhos.
Mesmo após as férias coletivas de julho - estendidas devido à paralisia nas vendas -, a indústria de motocicletas segue realizando ajustes na produção para se adequar a um mercado que dá poucos sinais de reação.A Yamaha - segunda neste mercado, com 10,7% das vendas - decidiu dispensar por quatro meses 110 funcionários na fábrica de Manaus, conforme informações do sindicato local.
O mecanismo, conhecido como "lay off" ou suspensão de contratos de trabalho, é o mesmo adotado neste ano pela Mercedes-Benz no ABC Paulista e pela General Motors (GM) em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Ou seja, no tempo em que estiverem em casa, os trabalhadores da Yamaha receberão uma bolsa de R$ 1,14 mil - em recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) - e terão salários complementados pela empresa. Também vão fazer um curso de capacitação e continuarão recebendo benefícios, como participação nos lucros e resultados (PLR), férias e décimo terceiro salário.

Este não é o primeiro ajuste de mão de obra no polo de fabricação de motos na Zona Franca de Manaus. A Abraciclo - entidade que representa as empresas do setor - estima em dois mil os cortes de vagas desde janeiro. "Cada marca está analisando os ajustes que precisam ser feitos. Mais postos podem ser perdidos se não houver uma recuperação do mercado", diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

Para o executivo, a indústria caminha para fechar o ano com 1,7 milhão de motos vendidas, 17% abaixo do volume de 2011 (2 milhões de unidades). Nas contas da Fenabrave - a entidade que representa as concessionárias de veículos -, os emplacamentos de motos tendem a cair 12% em 2012.

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