Norte e Nordeste puxarão vendas de motos no Brasil
"Com o aumento de renda da população, eles começaram a trocar o jegue pelas motos"
Fonte: FENEBRAVE
Após encerrar 2012 com recuo na ordem de 15,62%, o segmento de motocicletas recorre ao "boom" nas vendas das Regiões Norte e Nordeste, sobretudo nas zonas interioranas, para retomar um crescimento ainda que modesto do nicho. A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é obter alta de 3,70%, em 2013. Mola de alavanca para tal projeção, o negócio tem se revelado um sucesso na localidade, graças à modernização que lá tem chegado - a preços acessíveis e por meio de consórcio - na forma de motocicletas.
Segundo a Fenabrave, 33 novas concessionárias começaram a atuar na Região Nordeste, em 2012. A mesma região, em 2012, contava com 450 pontos do segmento, ante os 417 do ano anterior. Na Norte, o incremento foi de sete novas revendedoras. Vale recordar que a Harley-Davidson inaugurou a sua primeira loja no nordeste no final do ano passado, na cidade de Fortaleza (CE).
Voltada para um público altamente especializado, o empreendimento é uma das provas de que o segmento local se assemelha cada vez mais, no quesito desempenho, ao da Região Sudeste.
"Com o aumento de renda da população, eles começaram a trocar o jegue pelas motos", afirmou Valdeci Monteiro, sócio-diretor da Ceplan Consultoria e professor de economia da Universidade Católica de Pernambuco, referindo-se ao animal que até então era um dos meios de transporte comuns da região.
Para o presidente-executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção, a venda de motocicletas está muito ligada à oferta de crédito. Como essa área passa atualmente por um momento de retração a nível nacional, as operações nortistas e nordestinas se adequaram ao fenômeno de uma forma distinta das demais regiões. Segundo ele, o consórcio de lá trabalha com a questão do companheirismo, isto é, embora o comprador não tenha conseguido um financiamento no banco, o empresário lhe vende a moto pela confiança que este tem no seu consumidor. "Isso gera muito negócio e volume para as vendas na região. No sudeste, por exemplo, isso nunca aconteceria", afirmou o executivo. Além disso, ele ainda destacou as diferenças regionais entre as práticas comerciais dos dois extremos.
Dona de quase 80% do mercado brasileiro de motos, a japonesa Honda também ostenta a liderança disparada nas regiões menos desenvolvidas do Brasil, com o modelo Honda CG150. No último mês, a marca vendeu 31.686 veículos no nordeste, o que representou 87,9% de participação no segmento local. As informações são da Fenabrave.
O enriquecimento da população, impulsionado por políticas macroeconômicas, como aumento do salário mínimo e a baixa nas taxas de desemprego e queda dos juros, surtiu efeito principalmente nas áreas mais carentes do Brasil, conforme indicam especialistas do setor. As classes C, D e E foram as mais beneficiadas pelo movimento de inclusão social, empreitado pelo estado no decorrer dos últimos anos.
E são justamente esses grupos que predominam em números tanto nas Regiões Norte e Nordeste como no público-alvo do segmento. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 85% dos consumidores de motocicletas pertencem à classe C (52%), D (14%) e E (19%).
Após encerrar 2012 com recuo na ordem de 15,62%, o segmento de motocicletas recorre ao "boom" nas vendas das Regiões Norte e Nordeste, sobretudo nas zonas interioranas, para retomar um crescimento ainda que modesto do nicho. A expectativa da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) é obter alta de 3,70%, em 2013. Mola de alavanca para tal projeção, o negócio tem se revelado um sucesso na localidade, graças à modernização que lá tem chegado - a preços acessíveis e por meio de consórcio - na forma de motocicletas.
Segundo a Fenabrave, 33 novas concessionárias começaram a atuar na Região Nordeste, em 2012. A mesma região, em 2012, contava com 450 pontos do segmento, ante os 417 do ano anterior. Na Norte, o incremento foi de sete novas revendedoras. Vale recordar que a Harley-Davidson inaugurou a sua primeira loja no nordeste no final do ano passado, na cidade de Fortaleza (CE).
Voltada para um público altamente especializado, o empreendimento é uma das provas de que o segmento local se assemelha cada vez mais, no quesito desempenho, ao da Região Sudeste.
"Com o aumento de renda da população, eles começaram a trocar o jegue pelas motos", afirmou Valdeci Monteiro, sócio-diretor da Ceplan Consultoria e professor de economia da Universidade Católica de Pernambuco, referindo-se ao animal que até então era um dos meios de transporte comuns da região.
Para o presidente-executivo da Fenabrave, Alarico Assumpção, a venda de motocicletas está muito ligada à oferta de crédito. Como essa área passa atualmente por um momento de retração a nível nacional, as operações nortistas e nordestinas se adequaram ao fenômeno de uma forma distinta das demais regiões. Segundo ele, o consórcio de lá trabalha com a questão do companheirismo, isto é, embora o comprador não tenha conseguido um financiamento no banco, o empresário lhe vende a moto pela confiança que este tem no seu consumidor. "Isso gera muito negócio e volume para as vendas na região. No sudeste, por exemplo, isso nunca aconteceria", afirmou o executivo. Além disso, ele ainda destacou as diferenças regionais entre as práticas comerciais dos dois extremos.
Dona de quase 80% do mercado brasileiro de motos, a japonesa Honda também ostenta a liderança disparada nas regiões menos desenvolvidas do Brasil, com o modelo Honda CG150. No último mês, a marca vendeu 31.686 veículos no nordeste, o que representou 87,9% de participação no segmento local. As informações são da Fenabrave.
O enriquecimento da população, impulsionado por políticas macroeconômicas, como aumento do salário mínimo e a baixa nas taxas de desemprego e queda dos juros, surtiu efeito principalmente nas áreas mais carentes do Brasil, conforme indicam especialistas do setor. As classes C, D e E foram as mais beneficiadas pelo movimento de inclusão social, empreitado pelo estado no decorrer dos últimos anos.
E são justamente esses grupos que predominam em números tanto nas Regiões Norte e Nordeste como no público-alvo do segmento. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 85% dos consumidores de motocicletas pertencem à classe C (52%), D (14%) e E (19%).
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