Pilotos do Moto 1000 GP superam a casa dos 270 km/h em Cascavel
Wesley Gutierrez |
Treinos para segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade começam na manhã desta sexta-feira
Fonte: Grelak Comunicação.O Campeonato Brasileiro de Motovelocidade dará início nesta sexta-feira (29) à programação de treinos do GP Cascavel, segunda etapa da temporada de 2015. Cada uma das quatro categorias que compõem o Moto 1000 GP terá, até a manhã de sábado (30), quatro sessões de pista de 25 minutos, antes das tomadas de tempo classificatórias que vão definir as posições de largada para as corridas de domingo (31) no Autódromo Internacional Zilmar Beux.
O traçado cascavelense de 3.058 metros acolhe o Moto 1000 GP pela sétima vez em três anos e meio – a primeira edição do evento aconteceu em novembro de 2012, com a rodada dupla que contou pontos pelas quinta e sexta das oito etapas. É o circuito onde os pilotos atingem as médias de velocidade mais altas do calendário. A pole position do francês Matthieu Lussiana na etapa final de 2014, em Cascavel, registrou 175,090 km/h de média.
“As médias horárias aqui são as mais altas do ano. Apesar disso, não é uma pista tão rápida”, avalia o português Miguel Praia, vice-líder da GP 1000, principal categoria do Moto 1000 GP. As retas do autódromo são curtas. Assim, temos velocidades máximas de 270 quilômetros por hora, talvez até um pouco mais que isso. É um tanto lento”, considera Praia, que pilota a Honda número 17 da equipe carioca Center Moto Racing Team.
A constatação toma por base as velocidades finais verificadas em pelo menos outros dois circuitos do Moto 1000 GP. “Ainda não corri em Goiânia, no ano passado houve uma etapa lá e não pude vir ao Brasil. Mas em Curitiba, na primeira corrida deste ano, rompi a barreira dos 290 km/h”, conta. “Em Goiânia, onde também há uma reta muito extensa, as velocidades na corrida do próximo mês poderão atingir os 300 km/h”, acredita, citando a etapa de 28 de junho.
O francês Matthieu Lussiana, líder do Brasileiro, venceu as três últimas provas do Moto 1000 GP em sua categoria principal – as duas últimas de 2014, ano em que foi campeão, e a primeira de 2015, em Curitiba. “Esse circuito não exige a sexta marcha em nenhum ponto”, observa o piloto da BMW Motorrad Petronas Racing, equipe chefiada. “No fim da antiga reta dos boxes, chegamos a cerca de 270 km/h, reduzimos de quinta para terceira marcha e contornamos a Curva da Vitória a pelo menos 170 km/h”, exemplifica.
Cascavel recebeu o Moto 1000 GP em duas etapas de 2014, com uma vitória de Lussiana e outra do paranaense Wesley Gutierrez, vice-campeão da GP 1000. Brasileiro melhor colocado na tabela atual, em quarto lugar, o piloto da Motonil Motors-PDV Brasil vê nas características do circuito a chance de se aproximar dos líderes. “A desvantagem do nosso motor em relação a motos de outras marcas aqui é menor”, testemunha o piloto da Kawasaki número 47.
Líder da categoria GP 600, Eric Granado, da GST Honda Mobil Super Moto, mostrou-se receoso quanto ao circuito de Cascavel. “Já faz mais de dez anos que fiz uma corrida aqui, mal lembrava da pista”, falou o paulista de 18 anos, cujo currículo registra participações em mais de 50 autódromos de quatro continentes. “O traçado de Cascavel é bom, mas a pista é bem complicada. As zebras são inviáveis, a aderência também é quase nula”, observou.
Vencedor de uma das duas etapas cascavelenses da GP 600 em 2014, Joelsu Mitiko contemporizou. “Com o clima frio a aderência é baixa. No geral, é uma pista que com sol, mesmo sem calor, oferece muita aderência”, falou o paranaense da Paulinho Superbikes. “Mas dificilmente vamos baixar os tempos de volta do ano passado”, acrescentou o piloto, que cravou a volta mais rápida da etapa final em 1min05s928, com 166,982 km/h de média.
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